Câncer de Mama: Entenda a Doença

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo, representando cerca de 25% de todos os casos novos a cada ano. Embora também possa acometer homens, é nas mulheres que ele se apresenta com maior frequência. A boa notícia é que, quando detectado precocemente, as chances de cura ultrapassam os 90%. Por isso, informação, prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais na luta contra a doença.

Neste artigo, vamos entender o que é o câncer de mama, quais são seus principais sinais e sintomas, os fatores de risco envolvidos, as formas de diagnóstico, tratamento e, principalmente, como se prevenir.


O que é o Câncer de Mama?

O câncer de mama é caracterizado pelo crescimento descontrolado de células anormais na mama. Esse crescimento pode resultar na formação de tumores, que podem invadir tecidos adjacentes e, em alguns casos, se espalhar para outras partes do corpo, um processo conhecido como metástase.

Existem vários tipos de câncer de mama, sendo os mais comuns os carcinomas ductais invasivos (que se iniciam nos ductos mamários) e os carcinomas lobulares invasivos (que se iniciam nos lóbulos da mama).

Sinais e Sintomas

O sinal mais comum do câncer de mama é o surgimento de um nódulo (caroço) fixo e, geralmente, indolor na mama. No entanto, existem outros sinais que também merecem atenção, tais como:

  • Alterações no tamanho ou formato da mama;

  • Inchaço ou endurecimento em parte da mama;

  • Mudanças na pele da mama, como vermelhidão, retrações ou aspecto de casca de laranja;

  • Secreção espontânea pelo mamilo, especialmente se for sanguinolenta;

  • Inversão do mamilo (quando ele entra para dentro);

  • Nódulos nas axilas.

Vale lembrar que nem todo nódulo é câncer, mas qualquer alteração deve ser investigada por um profissional de saúde.

Fatores de Risco

O câncer de mama pode afetar qualquer pessoa, mas existem fatores que aumentam o risco de desenvolver a doença:

  • Idade: o risco aumenta com o avanço da idade, especialmente após os 50 anos;

  • Histórico familiar: ter parentes de primeiro grau (mãe, irmã, filha) com histórico de câncer de mama ou ovário eleva as chances;

  • Fatores genéticos: mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 estão ligadas a casos hereditários;

  • Reposição hormonal por longos períodos, especialmente após a menopausa;

  • Primeira menstruação precoce (antes dos 12 anos) ou menopausa tardia (após os 55);

  • Gravidez tardia (após os 30 anos) ou nunca ter engravidado;

  • Obesidade, especialmente após a menopausa;

  • Consumo de álcool e sedentarismo.

É importante ressaltar que muitas mulheres que desenvolvem câncer de mama não apresentam nenhum fator de risco conhecido.

Diagnóstico precoce salva vidas

O diagnóstico precoce é a principal arma contra o câncer de mama. Para isso, é fundamental a realização de exames de rotina e a atenção ao próprio corpo.

Autoexame

Embora o autoexame das mamas não substitua a mamografia, ele ajuda a mulher a conhecer o próprio corpo e perceber alterações precocemente. O ideal é realizá-lo mensalmente, preferencialmente uma semana após o término da menstruação.

Mamografia

A mamografia é o principal exame para detectar o câncer de mama em fase inicial, mesmo antes de surgirem sintomas. O Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos façam o exame a cada dois anos. Porém, quem tem fatores de risco pode precisar começar mais cedo, conforme orientação médica.

Tratamento

O tratamento do câncer de mama varia conforme o estágio da doença, o tipo de tumor e as características da paciente. Pode envolver uma ou mais das seguintes abordagens:

  • Cirurgia: para remoção parcial (setorectomia) ou total da mama (mastectomia);

  • Radioterapia: uso de radiações para destruir células cancerígenas;

  • Quimioterapia: medicamentos que agem no corpo todo para eliminar células doentes;

  • Hormonoterapia: utilizada quando o câncer é sensível a hormônios femininos;

  • Terapias alvo e imunoterapia: tratamentos mais modernos que atacam características específicas das células tumorais.

O suporte psicológico e a reabilitação física também são partes fundamentais do tratamento.

Prevenção e estilo de vida saudável

Embora não exista uma forma garantida de prevenir o câncer de mama, é possível reduzir significativamente os riscos adotando hábitos saudáveis:

  • Pratique atividade física regularmente (pelo menos 150 minutos por semana);

  • Mantenha uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e pobre em gordura saturada;

  • Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas;

  • Não fume;

  • Mantenha o peso corporal adequado;

  • Amamente, se possível, a amamentação ajuda a reduzir o risco da doença.

Além disso, fazer os exames de rotina e consultar regularmente um ginecologista ou mastologista são atitudes essenciais.

Outubro rosa e a conscientização

Todo mês de outubro, o movimento Outubro Rosa reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. A campanha mobiliza instituições de saúde, empresas e a sociedade civil para incentivar mulheres a cuidarem da saúde das mamas.

Mas a atenção não pode ficar restrita a um mês: cuidar da saúde é um compromisso para o ano inteiro.

O câncer de mama é uma realidade que assusta, mas que pode ser enfrentada com coragem, informação e cuidados. Conhecer o próprio corpo, manter hábitos saudáveis e realizar os exames preventivos são passos fundamentais para reduzir os riscos e aumentar as chances de cura. Falar sobre o assunto é quebrar o tabu e salvar vidas.

Você já fez seu exame este ano? Compartilhe esse texto com alguém que você ama e lembre-se: prevenção é o melhor caminho.

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